Saturday, March 03, 2018

Os principais mentores do politicamente correto


por Pat Buchanan

Como sub-comissário da cultura no regime de Bela Kun, Lukacs colocou suas auto-descritas idéias "demoníacas" em ação no que veio a ser conhecido como "terrorismo cultural."

Como parte desse terrorismo, ele instituiu um programa radical de educação sexual nas escolas Húngaras.  As crianças eram instruídas no amor livre, no intercurso sexual, na natureza arcaica dos códigos da família de classe média, na obsolescência da monogamia,   e a irrelevância da religião, que priva o homem de todos os prazeres.  As mulheres, também, eram chamadas a se rebelarem contra os costumes da época.

O propósito de Luckacs em promover a licenciosidade entre as mulheres e crianças era destruir a família, a instituição central do Cristianismo e da cultura Ocidental.  Cinco décadas depois de Lukacs fugir da Hungria, suas idéias seriam entusiasticamente abraçadas pelas pessoas que nasceram durante o Baby Boom na "revolução sexual."

O segundo discípulo foi Antonio Gramsci, um Comunista Italiano que começou mais recentemente a merecer reconhecimento merecido como o maior estrategista Marxista do século XX.

Debilitado na prisão, perto da morte por tuberculose, Gramsci finalmente foi liberto, mas morreu em 1937 aos quarenta e seis. Mas em suas agendas na prisão ele deixou os projetos para uma bem sucedida revolução Marxista no Ocidente.

Ao invés de tomar o poder primeiro e impor uma revolução cultural de cima, Gramsci argumentou que os Marxistas no Ocidente devem primeiro mudar a cultura; depois o poder cairia em suas mãos como frutas maduras.  Mas para mudar a cultura, seria necessário uma "longa marcha através das instituições"- arte, cinema, teatro, escolas, universidades, seminários, jornais, revistas e a nova mídia eletrônica, o rádio.  Uma por uma, havia de ser capturada e convertida e policiada em uma agência da revolução.  Então, o povo poderia ser vagarosamente educado a entender e até a saudar a revolução.

Gramsci encorajou seus camaradas Marxistas a formar frentes populares com intelectuais Ocidentais qeu compartilhavam seu desprezo pelo Cristianismo e pela cultura burguesa e que formavam as mentes dos jovens.  Mensagem aos camaradas: "É a cultura, estúpido!" Na medida em que a cultura Ocidental pariu o capitalismo e sustentava-o, se essa cultura pudesse ser subvertida, o sistema cairia com seu próprio peso.  Na capa de seu desbocado bestseller de 1970, The Greening of America, o manifesto da contracultura, o escritor Charles Reich imitava Gramsci com perfeição:

Há uma revolução chegando. Ela não será como as revoluções do passado.  Ela brotará com o indivíduo e com a cultura, e mudará a estrutura política somente como seu ato final.  Não requererá violência para ter sucesso, e não pode ser bem sucedida resistida com violência.  Está neste momento se difundindo com rapidez espantosa, e já nossas leis, instituições e estrutura social está mudando em conseqüência ....

Essa é a revolução da nova geração.

A ESCOLA DE FRANKFURT VEM PARA A AMÉRICA

Em 1923, Lukacs e os membros do partido Comunista Alemão fundaram, na Universidade de Frankfurt, um Instituto para o Marxismo modelado no Instituto de Marx-Engels em Moscou. Depois de alguma reflexão, eles decidiram por um nome menos provocativo, o Instituto pela Pesquisa Social.  Logo se tornaria conhecido simplesmente como a Escola de Frankfurt.

Em 1930, um Marxista renegado e admirador do Marquês de Sade, Max Horkheimer, se tornou seu diretor. Horkheimer, igualmente, concluiu que Marx errou. A classe trabalhadora não acordava para seu papel como vanguarda da revolução.  Já, os trabalhadores Ocidentais estavam com felicidade entrando na classe média, a detestada burguesia.

Com a direção de Horkheimer, a Escola de Frankfurt começou a retraduzir o Marxismo em termos culturais.  Os antigos manuais de campo de batalha foram jogados fora, e novos manuais foram escritos.  Para os antigos Marxistas, o inimigo era o capitalismo; para os novos Marxistas, o inimigo era a cultura Ocidental. Para os antigos Marxistas, o caminho para o poder era a derrubada violenta do regime, como em Paris em 1789 e em São Petersburgo em 1917. Para os novos Marxistas, o caminho para o poder era não violento e requereria décadas de trabalho paciente.  A vitória viria somente depois que as crenças Cristãs morressem na alma do Homem Ocidental. E isso aconteceria somente depois que as instituições de cultura e educação fossem capturadas e alistadas por aliados e agentes da revolução.  Ocupando as instituições do Ocidente, suas "fortalezas e fortificações", e o Estado, o "canal exterior", caíram sem luta.

Mais ou menos na mesma época, o crítico de música Theodor Adorno, o psicólogo Erich Fromm e o sociólogo Wilhelm Reich juntaram-se à Escola de Frankfurt. Mas, em 1933, a história intrometeu-se brutalmente. Adolf Hitler chegou ao poder em Berlim, e como as lideranças da Escola de Frankfurt eram Judaicas e Marxistas, eles não eram algo idôneo para o Terceiro Reich. A Escola de Frankfurt empacotou sua ideologia e voou para a América.  Também partindo estava um estudante graduado pelo nome de Herbert Marcuse. Com a assistência da Universidade de Columbia, eles instalaram sua nova Escola de Frankfurt em Nova Iorque e redirecionaram seus talentos e energias para minar a cultura do país que lhes deu refúgio.

Entre as normas armas de conflito cultural que a Escola de Frankfurt desenvolveu estava a Teoria da Crítica.  O nome soa benigno o suficiente, mas significa uma prática que é tudo menos benigno.  Um estudante da Teoria Crítica a definia como o "a crítica essencialmente destrutiva de todos os principais elementos da cultura Ocidental, incluindo o Cristianismo, a autoridade, a família, patriarcado, hierarquia, moralidade, tradição, moderação sexual, lealdade, patriotismo, nacionalismo, hereditariedade, etnocentrismo, convenção e conservadorismo".

Usando a Teoria Crítica, por exemplo, o Marxista cultural repete insistentemente a acusação que o Ocidente é culpado por crimes genocidas contra toda civilização e cultura que ele encontrou. Sob a Teoria Crítica, repete-se que as sociedades Ocidentais são os maiores repositórios da história de racismo, sexismo, nativismo, xenofobia, homofobia, anti-semitismo, fascismo e nazismo.  Sob a Teoria Crítica, os crimes do Ocidente fluem do caráter do Ocidente, como modelado pelo Cristianismo.

A Teoria Crítica no fim das contas induz ao "pessimismo cultural", um sentido de alienação, de falta de esperança, de desespero onde, muito embora prósperas e livres, um povo venha a enxergar sua sociedade e país como opressivo, mau e indigno de sua lealdade e amor. Os novos Marxistas consideraram o pessimismo cultural uma pré-condição necessária de mudança revolucionária.

Sob o impacto da Teoria Crítica, muitos da geração dos anos sessenta, a maioria privilegiada em história, convenceram-se que estivessem vivendo em um inferno intolerável.

Mas o livro mais influente já publicado pela Escola de Frankfurt foi “A Personalidade Autoritária”. Em seu enfeite de altar da Escola de Frankfurt, o determinismo econômico de Karl Marx é substituído pelo determinismo cultural. Se uma família é profundamente Cristã e capitalista, dirigida por um pai autoritário, você pode esperar que os filhos cresçam racistas e fascistas.

Onde Marx criminalizava a classe capitalista, a Escola de Frankfurt criminalizou a classe média.

Tendo descoberto o habitat do fascismo nas famílias patriarcais, Adorno agora identificava seu habitat natural: a cultura tradicional: "É uma hipótese bem conhecida que a suscetibilidade ao fascismo é um fenômeno mais caracteristicamente de classe média, que `está na cultura' e, conseguintemente, aqueles que obedecem ao principal dessa cultura serão os mais preconceituosos."

Eles afirmavam sem rodeios que indivíduos criados em famílias dominadas pelo pai, que são exagerados patriotas e seguem religiões antigas, são fascistas incipientes e nazistas em potencial.  Como uma cultura conservadora e Cristã gera o fascismo, aqueles profundamente imergidos em tal cultura devem ser observados com atenção pelas tendências fascistas.

Essas idéias foram internalizados pela Esquerda.  Já em meados dos anos 60, figuradas conservadores e de autoridade que denunciavam ou se opunham à revolução no campus eram rotineiramente rotulados de "fascistas".

Comitê Central de Moscou em 1943:

Membros e organizações de fachada devem continuamente causar desconforto, desacreditar e degradar nossos críticos.  Quando obstrutores se tornarem muito irritantes, rotulem-nos como fascistas, nazistas ou anti-semitas .... A associação se tornará um “fato” na mente pública, após suficiente repetição.

Desde os anos 60, oponentes estigmatizados como inimigos ou doentes mentais foram a arma mais efetiva no arsenal da esquerda.  Eis a "formula secreta" descrita pelo psicólogo e escritor Thomas Szasz: "Se você quer rebaixar o que uma pessoa está fazendo . . . chame-a de doente mental." Por detrás disso tudo está uma agenda política.  Nossa sociedade doentia está em necessidade de terapia para curar-se de seu preconceito inato.

Essa é a raiz do "estado terapêutico" – um regime onde o pecado é redefinido como doença, o crime se torna um comportamento anti-social e o psiquiatra substitui o padre.  Se o fascismo está, como diz Adorno, "na cultura", então todos nós educados naquela antiga cultura do país e de Deus dos anos 40 e 50 estamos em necessidade de tratamento para nos ajudar a encarar face a face os preconceitos e intolerâncias nos quais fomos marinados desde o nascimento.

Uma outra intuição de Horkheimer e Adorno era perceber que a estrada para a hegemonia cultural era através de condicionamento psicológico, não por argumento filosófico. As crianças poderiam ser condicionadas na escola a rejeitar as crenças morais e sociais de seus pais como racistas, sexistas e homofóbicas e condicionadas a abraçar uma nova moralidade.

A indústria do entretenimento . . . tem absorvido completamente a ideologia do Marxismo cultural e a prega incessantemente não somente em sermões, mas em parábolas: mulheres fortes espancando homens fracos, crianças mais espertas que seus pais, negros mais ricos confrontando a violência dos brancos mais pobres, homossexuais viris que levam vidas normais.  Isso tudo é fábula, uma inversão da realidade, mas a mídia do entretenimento faz parecê-la real, mais assim do que o mundo que se apresenta além da porta da frente.

Marcuse forneceu a resposta para a pergunta de Horkheimer: Quem desempenhará o papel do proletariado na esperada revolução cultural?

Os candidatos de Marcuse: juventude radical, feministas, militantes negros, homossexuais, os alienados, os anti-sociais, os revolucionários do Terceiro Mundo, todas as vozes iradas das "vítimas" perseguidas do Ocidente. Esse seria o novo proletariado que derrubaria a cultura a cultura Ocidental. Entre os "oprimidos", os recrutas potenciais para essa revolução, o próprio Gramsci incluía todos os "grupos marginalizados da história . . . não somente os oprimidos economicamente, mas também as mulheres, as minorias raciais e muitos criminosos." Charles Reich era o eco de Marcuse e Gramsci: "Um dos caminhos que a nova geração luta para sentir-se como estranhos é identificar-se com os negros, os pobres, com Bonnie e Clyde, e com os perdedores desse mundo. " Coincidentemente, em 1968, o ano de “Bonnie e Clyde”, um filme romantizando dois assassinos pervertidos, foi candidato a um Oscar.

As sociedades do passado foram subvertidas por palavras e livros, mas Marcuse acreditava que sexo e drogas eram armas superiores.  Em “Eros e Civilização”, Marcuse urgia um abraço universal ao Princípio do Prazer. Rejeitar inteiramente a ordem cultural, dizia Marcuse (era sua "Grande Recusa"), e nós podemos criar um mundo de "perversidade polimorfa”.

Os livros de Marcuse eram consumidos.  Ele se tornou uma figura culta.  Quando estudantes se revoltaram em Paris em 1968, eles carregavam faixas proclamando "Marx, Mao e Marcuse".

"Faça amor, não guerra" era o slogan inspirado no próprio Marcuse. Em “Um Homem Dimensional”, ele defendia a ditadura educacional. Em "Tolerância Repressiva", ele exige uma nova "tolerância libertadora" que implica na "intolerância contra movimentos de direita e tolerância de movimentos da esquerda".  O duplo padrão contra o qual a Direita se enfurece, e que permite aos conservadores serem ridicularizados pelos pecados que são perdoados à Esquerda, é a "tolerância repressiva" em ação.

A antiga visão Marxista de trabalhadores se sublevando para derrubar seus soberanos capitalistas foi ontem.  Hoje, Herbert Marcuse e seus sequazes colocariam um fim a uma corrupta civilização Ocidental, ocupando suas instituições culturais e convertendo-as em agências de reeducação e da revolução. Como Roger Kimball, escritor e editor na New Criterion escreve:

No contexto das sociedades Ocidentais, a "longa marcha através das instituições" significava o nas palavras de Herbert Marcuse - "trabalhar contra as instituições estabelecidas enquanto nelas trabalhasse".  Era principalmente por esses meios – através da insinuação e infiltração em vez do confronto – que os sonhos contra-culturais de radicais como Marcuse triunfaram.

Para Marxistas culturais, nenhuma causa classifica-se de forma mais elevada do que a abolição da família, que eles desprezavam como uma ditadura e a incubadora de sexismo e injustiça social.

Hostilidade à família tradicional não era novidade aos Marxistas. Em “A Ideologia Alemã”, o próprio Marx escreveu que os machos patriarcais consideram esposas e filhos primeiramente como propriedade.  Em “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”, Engels popularizou a convicção feminista que toda discriminação contra as mulheres provém da família patriarcal. Erich Fromm argumentava que as diferenças entre os sexos não era inerente, mas uma ficção da cultura Ocidental.  Fromm se tornou um pai fundador do feminismo. Para Wilhelm Reich, "A família autoritária é o estado autoritário em miniatura .... O imperialismo Familial é . . . reproduzido no imperialismo nacional".  Para Adorno, a família patriarcal era o berço do fascismo.

Para decapitar a família com o pai como seu chefe, a Escola de Frankfurt defendia as alternativas de matriarcado, onde as mães mandam na casa, e a "teoria andrógina", na qual os papéis na família de macho e fêmea são intercambiáveis, e mesmo revertidos. Boxe para mulheres, mulheres em combate, rabinos e bispos mulheres, Deus como Ela, G.I. Jane por Demi Moore, Sigourney Weaver como Rambo estimulando um aterrorizado e contraído soldado em Aliens, e todos os filmes e demonstrações que retratam as mulheres como duras e agressivas e os homens como sensíveis e vulneráveis testemunham o sucesso da Escola de Frankfurt e a revolução feminista que ajudou a parir.

Como Lukacs, Wilhelm Reich acreditava que o caminho para destruir a família era através de políticas revolucionárias sexuais e educação sexual precoce. O aparecimento da educação sexual nas escolas fundamentais na América se deve a Lukacs, Reich, e à Escola de Frankfurt.

Na morte do Ocidente, a Escola de Frankfurt deve ser acreditada como a principal suspeita e cúmplice. A propaganda agressiva contra a família que ela defendia contribuiu para o seu colapso.  A família nuclear hoje representa menos de ¼ dos lares americanos. E a liberação das mulheres dos papéis tradicionais de esposa e mãe, a qual a escola estava entre os primeiros a defender, conduziu ao rebaixamento e declínio daqueles papéis na sociedade americana.

Milhões de mulheres ocidentais agora compartilham a hostilidade das feministas pelo casamento e maternidade.  Milhões adotaram a agenda do movimento e não têm qualquer intenção de se casar e nenhum desejo de ter filhos.  Seu abraço ao Princípio do Prazer de Marcuse, suas jornadas de trabalho na revolução sexual significam afastar-se do casamento.  E, como nosso divórcio e as taxas de natalidade demonstram, até os casamentos registrados são menos estáveis e menos frutíferos. Nas desabitadas nações da Europa, mesmo nas antigas nações Católicas, o uso de contraceptivos é quase universal. Contracepção, esterilização, aborto e eutanásia são os quartos cavaleiros da "cultura da morte". A pílula e a camisinha se tornaram a foice e o martelo da revolução cultural.

Nos anos 50, Khrushchev ameaçou "nós enterraremos vocês".  Mas nós os enterramos.  Todavia, se o homem Ocidental não encontra um caminho para repensar sua taxa de natalidade em desmoronamento, o Marxismo cultural será bem sucedido onde falhou o Marxismo Soviético.

Um retorno a uma taxa de fertilidade mais elevada naqueles países cuja fertilidade esteja declinando até o presente pode ser esperada somente se houver uma mudança no "estado de ânimo" desses países, uma mudança do pessimismo presente até o estado de mente que poderia ser comparado àquele da era do "baby-boom", durante a era da reconstrução do pós-2ª Guerra Mundial.

Nenhuma tal "mudança de estado de ânimo" é remotamente visível no Antigo Continente, onde as taxas de natalidade continuam a despencar.

Em um terço de século, o que era denunciado como a contra-cultura se tornou a cultura dominante, e o que era a cultura dominante tem se tornado, na frase de Gertrude Himmelfarb uma "cultura dissidente."  Os valores da revolução dominam o homem médio.  O Politicamente Correto domina.  O desafio de nossa nova ortodoxia qualifica-se como "discurso de ódio", o desrespeito aos seus dogmas como um sinal de doença mental.

O Politicamente Correto é Marxismo cultural, um regime para punir os dissidentes e estigmatizar a heresia social como a Inquisição punia heresia religiosa. Sua marca registrada é a intolerância.  Classificando seus adversários como inimigos, doentes mentais, escreve o jornalista Peter Hitchens em sua lamentação por seu país, “A Abolição da Grã-Bretanha”, o novo regime imita dos métodos do Instituto Serbsky da União Soviética, que costumava classificar dissidentes políticos como Natan Sharansky como insanos, antes de trancafiá-los em um hospital psiquiátrico.  O que Americanos descrevem com a "frase casual . . . politicamente correto", diz Hitchens, é "o sistema de pensamento mais intolerantes para dominar as Ilhas Britânicas desde a Reforma." Assim também nos Estados Unidos.

Opor-se às ações afirmativas qualifica-o como um racista.  Insistir que há papéis na sociedade inadequados para as mulheres, tais como comandante da frota de guerra, é ser rotulado como um sexista.  Se você acredita que a imigração está indo muito além de nossa coesão social, você é um nativista ou um xenófobo.  Em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana foi intimidada por militantes dos direitos dos gays em remover o homossexualismo das listas de desordens mentais.  Agora, alguém que considere-a uma desordem sofre de uma doença da alma chamada homofobia.

O estudioso e escritor Paul Gottfried chama isso de "a desumanização do dissidente".

Palavras são armas, disse Orwell. Tradicionalistas já têm que descobrir efetivas contra-medidas.  Por chamar um inimigo de racista ou fascista, você não precisa mais responder aos seus argumentos.  Ele deve defender seu caráter.  Em um tribunal, o acusado é inocente até que a culpa ser provada.  Mas se a acusação é racismo, homofobia ou sexismo, há hoje a presunção da culpa.  A inocência deve ser provada pelo acusado além de uma dúvida razoável.

Orwell escutou a palavra "fascista" ser utilizada tão freqüentemente que ele presumia que, se Jones chamasse Smith de um fascista, Jones queria dizer "Eu odeio Smith!" Mas se Jones tivesse dito, "Eu odeio Smith," ele estaria confessando um ódio anticristão. Chamando Smith de fascista, ele não necessita explicar o motivo pelo qual odeia Smith ou não pode superar Smith num debate; ele forçava Smith a provar que ele não é um admirador secreto de Adolf Hitler. Huey Long estava certo.  Quando o fascismo veio até a América, ele veio no nome do anti-fascismo.

Que Lukacs, Gramsci, Adorno, Marcuse e a Escola de Frankfurt tiveram imensa influência na história cultura e intelectual da América é inegável.  Mas, diferente dos Bolcheviques, eles não atacaram um Palácio de Inverno, não tomaram o poder, e não impuseram suas idéias pela força e pelo terror; eles não eram gigantes, como Marx, a quem os homens prestaram homenagem.  Poucos Americanos mesmo os conhecem.  Ninguém, nem mesmo Marcuse, era um São Paulo, um Lutero, ou um Wesley. Eles eram renegados intelectuais e inadaptados morais, sim, mas foram também homens que pensavam de forma não convencional, e puseram em circulação as idéias de como uma revolução bem-sucedida poderia ser lançada no Ocidente, contra o Ocidente.  E suas idéias triunfaram.  As elites Americanas, que podem nem mesmo saber hoje quem foram os pensadores de Frankfurt, ingeriram suas idéias como ração.

Margaret Sanger, a fundadora da Planned Parenthood, foi uma radical mais famosa do que qualquer um da Escola de Frankfurt, e ela antecipou suas idéias: "Apelos de controle de natalidade para os radicais avançados porque é calculado minar a autoridade das igrejas cristãs. Eu espero ansiosamente ver a humanidade livre algum dia da tirania do Cristianismo não menos que do capitalismo.

Foram Lukacs, Gramsci, Adorno e Marcuse homens indispensáveis? Provavelmente não, mas eles desenvolveram a estratégia e as táticas de uma revolução Marxista bem sucedida no Ocidente, e a cultura que eles prepararam para destruir não é mais a cultura dominante na América ou no Ocidente.  Eles começaram suas vidas como párias e podem terminar no lado vencedor da história.

Catecismo de uma Revolução

por Pat Buchanan

O que essa nova religião, essa nova fé que veio nas asas da revolução, abraça e ensina? Em quê ela difere da antiga?

Primeiro, essa nova fé é do e para nosso mundo apenas.  Ela se recusa a reconhecer qualquer ordem moral ou autoridade mais elevada. Quanto ao próximo mundo, ela entrega-se com felicidade ao Cristianismo e as crenças tradicionais, contanto que eles fiquem fora da esfera pública e das escolas públicas.  Quanto aos antigos relatos bíblicos da criação, Adão e Eva, a serpente no jardim, pecado original, a expulsão do Éden, Moisés no Monte Sinai e os Dez Mandamentos sendo escritos em pedra e obrigando a todos os homens – acreditem aqueles que desejarem, mas nunca novamente sendo ensinados como verdades. Como verdade, as descobertas por Darwin e confirmadas pela ciência, é que nossa espécie e o mundo são resultados extraordinários das eras de evolução. "A ciência afirma que a espécie humana é uma emergência das forces evolucionárias naturais", declara o Segundo Manifesto Humanista, escrito em 1973.  Aquele retrato na parede das aulas de biologia dos macacos caminhando sobre quatro patas, depois sobre duas e então e desenvolvendo-se no Homo erectus – é como tudo aconteceu.

O novo evangelho tem como seus axiomas governantes: não há Deus; não há valores absolutos no universo; o sobrenatural é superstição.  Todas as vidas começam aqui e terminam aqui; seu objetivo é a felicidade humana nesse único mundo que conhecemos.  Cada sociedade estabelece seu código moral própria para seu próprio tempo, e cada homem e mulher têm um direito a fazer o mesmo.  Como a felicidade na vida termina e nós somos seres racionais, nós temos um direito a decidir quando a dor de viver pesa mais que o prazer de viver e a terminar com essa vida, tanto por si mesmos quanto pela assistência da família e médicos.

No domínio moral o primeiro mandamento é "Todos os estilos de vida são iguais."  Amor  e seu concomitante natural, sexo, são saudáveis e bons.  Todas as relações sexuais voluntárias são permissíveis, e todas são moralmente iguais – não é assunto de ninguém, mas próprio, e certamente não é assunto do Estado proibir.  Esse princípio – todos os estilos de vida são iguais – é para ser escrito na lei, e aqueles que se recusarem a respeitar as novas leis devem ser punidos.  Desrespeitar um estilo de vida alternativo mancha alguém como um preconceituoso.  Discriminação contra aqueles que adotam um estilo de vida alternativo é um crime. Homofobia, não homossexualismo, é o mal que deve ser erradicado.

"Tu não julgarás" é o segundo mandamento.  Mas a revolução não é somente julgadora; ela é severa com aqueles que violam seu primeiro mandamento.  Como defender esse aparente duplo padrão?

De acordo com o catecismo da revolução, o antigo código moral Cristão que condena o sexo fora do casamento e sustenta que o homossexualismo seja anti-natural e imoral tem raiz no preconceito, na intolerância bíblica, no dogma religiosa e na tradição bárbara. Esse repressivo e cruel código Cristão foi um impedimento à realização e felicidade, e responsável pela ruína de incontáveis vidas, especialmente aquelas dos gays e lésbicas.

O novo código moral é baseado na razão iluminada e no respeito por todos.  Quando o Estado escreveu o código moral Cristão na lei, ele codificou intolerância.  Mas quando nós escrevemos nosso código moral na lei, avançamos as fronteiras da liberdade e protegemos os direitos das minorias perseguidas.

Um corolário do novo código moral que santifica a liberdade sexual logicamente se segue que os preservativos e o aborto são necessários para prevenir conseqüências indesejadas do amor livre – desde herpes ao HIV, à gravidez – esses devem ser tornados disponíveis a alguém que é sexualmente ativo, desde a quinta-série se necessário for.

Sob o novo catecismo, o uso das escolas públicas para doutrinação de crianças em crenças cristãs é estritamente proibido.  Mas as escolas públicas podem e deveriam ser utilizadas para doutrinar as crianças em uma tolerância de todos os estilos de vida, uma apreciação da liberdade reprodutiva, respeito por todas as culturas, e a desejável diversidade racial, étnica e religiosa.  Nas novas escolas, os dias santos da Páscoa, comemoração da Paixão, Crucifixão e Ressurreição de Cristo estão fora como feriados.  O Dia da Terra, para o qual é ensinado às crianças amarem, preservarem e protegerem a Mãe Terra, é o nosso dia de reparação e reflexão, do qual nenhuma criança está isenta.  O ambientalismo, escreveu o estudioso conservador Robert Nisbet, está "bem no seu caminho de ser a terceiro onda de batalha redentora na história Ocidental, a primeira sendo o Cristianismo, a segunda o socialismo moderno."

A revolução cultural não é a respeito de criar um campo representado por todas as crenças; é a respeito uma nova hegemonia moral. Depois que todas as bíblias, livros, símbolos, mandamentos e feriados forem purgados das escolas públicas, essas escolas deverão ser convertidos em centros de aprendizado da nova religião.  Eis John Dunphy escrevendo com renovada franqueza em 1983 no “The Humanist” a respeito do novo papel das escolas públicas americanas:

A batalha pelo futuro da humanidade deve ser travado e vencido nas salas de aula das escolas públicas por professores que percebam corretamente seu papel como prosélitos de uma nova fé, uma religião da humanidade .... Esses professores devem  expressar a mesma abnegada dedicação dos pregadores fundamentalistas mais radicais, pois eles serão ministros de alguma espécie, utilizando uma sala de aula em vez de um púlpito para conduzir valores humanistas em quais sejam os assuntos que ensinarem .... A sala de aula deve e se tornará uma arena de conflito entre a antiga e o novo - corpo pútrido do Cristianismo, junto com seus males adjacentes e miséria, e a nova fé do humanismo, resplandecente em sua promessa de um mundo em que o ideal ‘do amor ao próximo’ nunca realizado será finalmente atingido.

Na política, a nova fé é globalista e cética do patriotismo, pois um excessivo amor à patria muito freqüentemente conduz à suspeita dos vizinhos e por conseguinte à guerra.  A história das nações é uma história de guerras, e a nova fé planeja um fim às nações.  Apoio para a ONU, ajuda estrangeira, tratados para banir minas terrestres, abolir armas nucleares, punir crimes de Guerra, e perdoar as dívidas das nações pobres são as marcas do homem e da mulher progressistas.  Não importa que uma instituição supranacional seja formada – a Organização Mundial do Comércio, o Protocolo de Kyoto para prevenir o aquecimento global, a nova Corte Criminal Internacional da ONU – a revolução apoiará a transferência de autoridade e soberania das nações para novas instituições de governança global.

"O CÂNCER DA HISTÓRIA DO HOMEM"

Mas uma religião necessita de demônios assim como de anjos.  E muito do que a nova fé ensina é resultante de um ódio ao que ela enxerga como um vergonhoso, mau e delitivo passado.  Para a revolução, a história do Ocidente é um catálogo de crimes – escravidão, genocídio, colonialismo, imperialismo, atrocidades, massacres – cometidos por nações que professavam-se Cristãs.  "A raça branca é o câncer da história do homem", escreveu Susan Sontag, uma mãe natural da revolução, em 1967.

Movendo essa acusação, a revolução tem objetivos completares: aprofundar um senso de culpa para desarmar moralmente e paralisar o Ocidente, e extrair desculpas e reparações incessantes até que a riqueza do Ocidente seja transferida para seus acusadores.  É extorsão moral de proporções épicas, a exploração do milênio.  Se o Ocidente permite aos seus inimigos tenham esse êxito, nós merecemos ser roubados de nossa herança.

A erradicação da idéia de culturas e civilizações superiores é, assim, um assunto de primeira ordem da revolução.

Igualdade é o primeiro princípio.  Quem peca contra a igualdade é extra ecclesiam, fora da igreja.  Na nova revelação, nenhuma religião é superior, nenhuma cultura é superior, nenhuma civilização é superior. Todas são iguais.  É "diversidade" a representação na sociedade de todos os credos, cores e culturas na nação multiétnica e multicultural que nós devemos aspirar e, em súplicas, sermos guiados.

Como a igualdade é seu princípio central, a revolução cultural ensina que os verdadeiros heróis da história não são conquistadores, soldados e estadistas que construíram as nações ocidentais e criaram os grandes impérios, mas aqueles que avançaram a causa mais elevada – a igualdade dos povos.  Assim, o fim da segregação no Sul e do apartheid na África do Sul são triunfos maiores do que a derrota do comunismo, e Mandela e Gandhi são os verdadeiros heróis morais do século XX.  Assim, Martin Luther King sustenta-se no mais elevado panteão Americano, e qualquer estado que recuse desprezar um feriado para celebrar seu nascimento deve ser boicotado.

Como a igualdade é um princípio fundamental, uma democracia de um voto para cada pessoa é a mais elevada forma de governo e somente a verdadeiramente legítima forma.  Ela somente pode ser imposta pela força, como foi sobre a Alemanha e o Japão, e igualmente ao Iraque.  Intervenção militar para interesses nacionais é egoísta e ignóbil, mas intervenção moral que derrama sangue na causa da democracia, como na Somália, Haiti e nos Bálcãs – nada é mais puro.

Através desse padrão, a revolução julga a moralidade das guerras Americanas.  A Guerra de 1812, a Guerra Mexicana-Americana, as Guerras aos Índios, e a Guerra Hispano-Americana podem ter assegurado ao continente um minúsculo custo em vidas, mas essas guerras são poluídas para sempre pelo espírito expansionista e chauvinista da América em seus combates.  E embora a Coréia e o Vietnã fosse combatidos para salvar pequenas nações do assassino comunismo Asiático, elas eram guerras insensatas ou injustas. Pois nós nos aliamos com regimes corruptos e combatemos para manter os países em nosso campo de uma Guerra Fria que nunca teve a claridade moral da guerra contra o fascismo.

E contanto que seja uma "boa guerra", os fins justificam os meios no catecismo da revolução.

Richard Nixon é denunciado pelo "bombardeiro assassino" de Hanói para livrar nossas prisioneiros de Guerra, por bombardear o Vietnã do Norte e, segundo consta, ter matado 1900 pessoas por treze dias. Já, Harry Truman é para sempre um herói, muito embora tenha ordenado o bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki, matando 140.000 civis e por ter enviado 2 milhões de prisioneiros de guerra russos de volta para serem torturados e mortos por Stálin na Operação Keelhaul.

Para a revolução cultural, o inimigo está sempre na Direita, e a revolução não perdoa ou esquece.  Compare a busca impiedosa para a sepultura do General Pinochet, o ditador que esmagou o Castrismo no Chile, com as expressões de aflição com as mortes dos parceiros de Mao, Chou En-lai e Deng Xiaoping.

Como a história demonstra, todos os povos, culturas e civilizações não são iguais.  Alguns atingiram grandeza com freqüência, outras nunca.  Todos os estilos de vida não são iguais.  Todas as religiões não são iguais.

De fato, como a todos os homens são entregues diferentes dons, talentos e virtudes, a única forma de atingir a igualdade de resultados é a tirania. Aqueles que incessantemente revisam testes de aptidão acadêmicos, porque os resultados colidem com seus preconceitos, dão então pontos extras aos estudantes baseado no critério étnico, depois rejeitam os testes porque eles ainda produziram os resultados desejados, são ideólogos sem esperança cujas falsas idéias a respeito da natureza humana nunca sobreviverão a sua primeira colisão com a realidade.

Diga-se mais, um farmacêutico local pode vender preservativos a adolescentes de treze anos, mas venda cigarros aos mesmos e você será perseguido por colocar em risco sua saúde e sua moral.  Livros que proclamam que "Deus está morto", ou que São Paulo era um homossexual, ou que o celibato é defeituoso ou que Pio XII foi o "Papa de Hitler" atrairão análises pela "coragem", "criatividade" e "irreverência."

No século XIX, blasfêmia era um crime em muitos estados.  Hoje, blasfêmia, vulgaridade e obscenidades são aceitáveis, mesmo em horário nobre, mas humor étnico é "discurso de ódio" que deve ser punido severamente.

Eis o espírito militante da ortodoxia modernista.

CRIMES DE ÓDIO

Como qualquer religião, a nova revelação tem seu próprio catálogo de crimes morais.  Os mais odiosos são os "crimes de ódio", agressões motivadas por ódio a uma cor, credo, origem nacional ou orientação [sic] sexual da vítima.

No catecismo da revolução, o assassinato de homossexuais por serem gays, e de negros por serem negros, são os piores crimes, piores até do que abuso infantil seguido de morte.

Carpenter e Brown eram amantes, e o ultimo masturbava-se enquanto Brown sodomizava o garoto.  Mesmo assim, sua tortura e abuso seguido de morte quase não repercutiu na imprensa nacional. Por que? Porque foi um "crime sexual", não um "crime de ódio", e porque mostrar homossexuais em atos de barbarismo sadísticos não se ajusta ao script de vilão e vítima de nossa elite cultural.

Quando o julgamento de Brown foi marcado, o Washington Times era quase o único dos jornais nacionais a reportar o processo. "A discrepância [na cobertura nacional dos assassinatos de Shepard e Dirkhising] não é apenas real", escreveu Andrew Sullivan, um homossexual e colunista da New Republic, "é incrível." Sullivan descobriu trezentas histórias sobre o assassinato de Shepard em uma pesquisa na base de dados Nexis no quinto mês depois do assassinato, mas somente quarenta e seis histórias sobre o assassinato de Jesse Dirkhising. A FOX NEWS foi a única rede de comunicações a reporter o julgamento e condenação do assassino Brown. A grande mídia converteu-se em uma arma de comunicação da revolução.

O menino Jake Robel, de seis anos de idade, morreu de uma forma horrenda.  Enquanto sua mãe Christy foi comer um sanduíche em uma lanchonete, em Independence, Missouri, Jake foi deixado atado no cinto de segurança no banco de trás de seu Chevy Blazer. Christy deixou as chaves na ignição.  Kim Davis, trinta e quarto anos, recém-saído da cadeia, observou-a ir até a lanchonete e pulou no assento do motorista.  Christy Robel correu para resgatar seu filho, abrindo a porta para arrancá-lo.  Davis arrastou o garoto ainda atado ao cinto de segurança.  Christy Robel gritou histericamente para ele parar.  Davis olhou para o banco de trás, então para o espelho retrovisor, e pisou no acelerador, arrastando o garoto por cinco milhas até ser parado por motoristas que reconheceram o corpo do garoto sendo arrastado ao longo da Estrada.  Por que esse crime não ganha atenção nacional? Porque Jake Robel era branco e Davis é negro.  Crimes de ódio são a forma da elite cultural de traçar racialmente um perfil de homens brancos.

Mas essa campanha para codificar certos crimes como "crimes de ódio" não tem nada a ver com justiça e tudo a ver com ideologia.

No catecismo da revolução, os trinta assassinatos de jovens pelo sadista John Wayne Gacy não são qualificados como crimes de ódio, mas tivesse Gacy sido agredido saindo de um bar gay para propor uma “amizade”, ele teria sido qualificado.

A descristianização da América

por Pat Buchanan

A resposta de Gramsci – uma "longa marcha" através das instituições.  Os marxistas devem cooperar com progressistas para capturar as instituições que moldaram as almas dos jovens: escolas, faculdades, cinema, música, arte e a nova mídia de massa que veio sem censura a todos os lares, rádio e, depois da morte de Gramsci, televisão.  Uma vez que as instituições culturais fossem capturadas, uma esquerda unida poderia começar a descristianização do Ocidente.  Quando, após várias gerações, isso fosse realizado, o Ocidente não mais seria o Ocidente, mas uma outra civilização, e o controle do Estado seguiria inevitavelmente o controle da cultura.

Mas, como o Cristianismo começou a morrer no Ocidente, algo mais ocorreu: povos Ocidentais começaram a parar de ter filhos.  Pois a correlação entre fé religiosa e grandes famílias é absoluta.

Onde quer que o secularismo triunfe, as populações começam a encolher-se e morrer.

Parece uma lei férrea: mate a fé de uma nação, e seu povo cessará de reproduzir.  Exércitos estrangeiros ou imigrantes então entram e preenchem os espaços vazios. Descristianizando a América, a revolução cultural descobriu um contraceptivo tão efetivo quanto a pequena pílula do Dr. Rock.

Meio século atrás, a Suprema Corte foi capturada por ideólogos judiciais que entenderam seu poder latente de transformar a sociedade.

Onde a Primeira Emenda proibiu o Congresso de fazer qualquer lei "relativamente à instituição de uma religião", e requereu o Congresso a respeitar o "livre exercício" da fé, a Suprema Corte reinterpretou as palavras para justificar um ataque antecipado sobre o Cristianismo.  Todas as bíblias, livros, cruzes, símbolos, cerimônias e feriados cristãos foram retirados da esfera pública e escolas públicas.

Se a América cessou de ser um país Cristão, é porque ela cessou de ser um país democrático.  Esse é o real coup d'etat.

Aborto foi um crime; agora é um direito.  Assim disse a Corte.  Orações voluntárias na escola violam a Primeira Emenda, mas dançarinas nuas em nightclubs não mais. Quando o Estado do Colorado votou em um referendo para deter a legalização do homossexualismo, a Suprema Corte decidiu que os motivos dos votantes eram suspeitos e o rejeitou.

"Nosso direito e nossas instituições devem necessariamente ser baseadas e incorporadas pelos ensinamentos do Redentor da humanidade", disse a Suprema Corte na decisão de 1892, Igreja da Santíssima Trindade v. Estados Unidos.  "Nossa civilização e nossas instituições são enfaticamente Cristãs."  Isso a América aboliu, pela ordem de uma diferente Corte.  O antigo consenso moral desmoronou, e a comunidade moral erguida sobre isso não mais existe.

"A Corte, não o povo, é agora o agente da mudança na sociedade Americana", escreve o Prof. William Quirk, co-autor de “Judicial Dictatorship” (Ditadura Judicial).

O catecismo da revolução ensina que o homossexualismo é uma preferência, não um pecado, e aqueles que tratam os gays e lésbicas de forma diferente são intolerantes que devem ser expostos e reeducados.

Pois homossexualismo não é liberação, é escravidão.  Não é um estilo de vida; é um estilo de morte.

A única forma que o movimento dos direitos dos gays pode ser bem sucedido fazendo a sociedade aceitar o homossexualismo como natural, normal, moral e saudável, é primeiro descristianizar essa sociedade.  E, reconhecidamente, eles estão progredindo.

• Um em quatro filhos nascidos de brancas são fora do casamento.  Em 1960, o número era 2%. Três em quatro brancas não casadas tiveram relacionamentos na idade dos 19.  Em 1900, o número era de 6%. Suicídios de adolescentes são o triplo do que eram no início dos anos 60.  Os testes dos estudantes secundaristas estão entre os mais baixos das nações industrializadas;

• Abortos nos EUA agora perfazem cerca de 1,2 a 1,4 milhões por ano, a taxa mais alta do Ocidente, com 40 milhões executados desde Roe v. Wade. Os nascimentos para mulheres casadas nos EUA, de 4 milhões em 1960 caiu para 2,7 milhões em 1996;

• A taxa Americana de divórcio é 350% maior desde 1962, e um terço de todas as crianças Americanas agora vivem em lares de pais solteiros;

• Aproximadamente 2 milhões de Americanos estão na cadeia, 4,5 milhões em condicional. Em 1980, a população em prisão era de 500.000;

• Há seis milhões de viciados em drogas nos EUA;

Essas são as estatísticas de uma sociedade decadente e moribunda, os primeiros frutos da revolução cultural que está descristianizando a América.  Lendo essas estatísticas, recorda-se de Whittaker Chambers em “Witness”: "A história é confundida com as ruínas das nações que se tornaram indiferentes a Deus, e morreram."
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